O Ibama informou que a a Petrobrás entrou com o pedido de licença ambiental para a planta-piloto de geração eólica offshore no Rio Grande do Norte. O pedido foi feito em maio e o órgão já emitiu o Termo de Referência para que a empresa elabore o Relatório Ambiental Simplificado (RAS) para obter autorização. Pelo fato de já ter um equipamento no campo (plataforma), o Ibama já possui estudo ambiental do local. Uma planta eólica no mar, comum em países europeus, como Dinamarca, Suécia, Escócia, ainda é inédita no Brasil. A Petrobrás acredita que o negócio promete ser tão bem sucedido quanto a geração eólica em terra. O diretor de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão da estatal, Nelson Silva, está a frente desse empreendimento. A licitação para a instalação de uma planta-piloto será feita ainda este ano.
A ideia é instalar torres de geração eólica ao lado de plataformas em campos rasos do Nordeste, região brasileira com maior potencial para gerar energia a partir do vento. Os aerogeradores podem ter capacidade maior do que os instalados em terra. Atualmente a geração eólica ultrapassa os 13 mil MW no Brasil e podem atingir atingir 17,8 mil MW em 2023, de acordo com os leilões. Esta semana o Rio Grande do Norte promove o 10.º Fórum Nacional Eólico, onde o tema será discutido, precedendo a maior feira do setor, a Brazil Windpower, que terá pela primeira vez um painel dedicado apenas à geração eólica offshore, com participação da Petrobrás. Se o projeto se mostrar economicamente viável, a expectativa é que seja a primeira de uma série de unidades que irão comercializar energia elétrica no mercado brasileiro a partir da geração eólica no mar.
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