Antes da pandemia, Ailton Krenak mantinha uma agenda intensa. Escritor finalista do Prêmio Jabuti com seu livro Ideias para Adiar o Fim do Mundo, também lançou A Vida Não É Útil e O Amanhã Não Está à Venda, todos pela Companhia das Letras.
Por conta da produção, viajava com frequência pelo Brasil. Desde a chegada do vírus, Krenak cumpre, porém, a quarentena na terra indígena de sua etnia, a 200 quilômetros de Belo Horizonte.
“Mantemos as nossas famílias próximas. Podem encontrar-se no quintal, podem comer juntos, não precisam usar máscara. Temos um regime orientado por um protocolo comunitário”, conta. No oásis à margem esquerda do Rio Doce, em meio ao caos sanitário, ele segue alerta para os dramas do mundo, como demonstra na entrevista a seguir.
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